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É impossível saber o real resultado das eleições

Janeiro 29, 2020
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BPPM-58-Eleicoes-Gerais-2019-96_Relatorio-Final

A vitória esmagadora da Frelimo foi acompanhada de secretismo e fraude sem precedentes, tornado impossível saber o real resultado das eleições, conclui o Boletim do CIP Sobre o Processo Político Em Moçambique. A análise do CIP sobre as Eleições Gerais de 2019 é publicada hoje (29 de Janeiro) e está disponível AQUI.

A transparência assumiu um novo significado. Os resultados foram alterados secretamente, mas o poder da máquina partidária da Frelimo de controlar o processo eleitoral foi exibido abertamente. De facto, a maior mudança nessa eleição foi a Frelimo exibindo, em vez de esconder, suas irregularidades. Mais de 600 000 eleitores inexistentes ou “fantasmas” foram recenseados. Mais de 3000 observadores da sociedade civil tiveram a emissão de credenciais  recusadas ilegalmente, prejudicando a contagem paralela da sociedade civil, mas mais de 10 000 membros da Frelimo foram credenciados como “observadores”.

Análises de grosseiras irregularidades mostram que a vitória de Filipe Nyusi foi impropriamente inflacionada  por mais de meio milhão de votos e pelo menos 5 assentos na AR foram roubados da Renamo. Além disso, houve irregularidades generalizadas que permanecem ocultas por causa do aumento do secretismo.

Os boletins de votos são contados com jornalistas e observadores presentes nas assembleias de voto, mas em níveis mais altos os resultados são alterados secretamente, sem registo das mudanças, pelas comissões distritais, provinciais e nacional de eleições e até pelo Conselho Constitucional. Poucas democracias eleitorais permitem isso.

“O Conselho Constitucional conclui que a legislação eleitoral criou um mecanismo formal para garantir a transparência do processo eleitoral, optando por partidarizar os órgãos que fiscalizam o processo eleitoral, desde o topo até a base”, diz o CC.

A ideia é que os representantes da oposição nas comissões eleitorais, no STAE e os membros das assembleias de voto fiscalizem o partido no poder. Mas isso não funciona. Tendo sido o partido no poder desde a independência, a Frelimo criou uma máquina partidária baseada no clientelismo, que domina os tribunais e a função pública e, portanto, o sistema eleitoral.

A Frelimo tem a maioria em todos os órgãos eleitorais, e pela primeira vez este ano usou esta maioria para controlar o processo eleitoral. Poucas informações estavam disponíveis sobre a contagem de votos, mas o Boletim esteve livre para reportar generalizadas irregularidades e a vitória esmagadora em que a Frelimo ganhou em todos os distritos e províncias. O Boletim conclui “Transparência não diz mais respeito às eleições, mas sim à demonstração de poder da máquina partidária da Frelimo para controlar  e manipular o processo eleitoral”.

Estas foram as eleições que tiveram melhor cobertura. O Boletim do CIP tinha 463 correspondentes em todos os distritos. E os correspondentes reportaram as piores eleições multipartidárias de sempre até aqui, com irregularidades generalizadas e demonstração de poder do partido Frelimo.

 

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Este boletim é publicado pelo CIP e tem vindo a cobrir as eleições e processo de democratização desde 1992.

Boletins detalhados estão sendo publicados mais de 100 vezes durante o recenseamento, campanha e apuramento de votos, com base em informações de nossa equipe de 450 correspondentes em todo o país.

Editor: Lázaro Mabunda
Director: Edson Cortez
Assessor: Joseph Hanlon
Oficial de Comunicação: Liliana Mangove

Publicado por:
O Centro de Integridade Pública (CIP), Maputo

Boletins de eleições estão disponíveis por email. Assine aqui:

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