“O assassinato de Anastácio Matavele é um ataque directo não só a este cidadão e à sua família mas também a todas as organizações da sociedade civil e pessoas individuais que trabalham na observação eleitoral independente. O CIP condena este acto macabro e exige pronunciamento público do candidato da Frelimo e presidente da República, Filipe Nyusi, repudiando a violência eleitoral que se assiste em todo o país desde o início da campanha eleitoral”, escreveu o CIP em nota de imprensa.
Desde o início da campanha eleitoral têm sido reportados vários casos de violência, na maioria opondo simpatizantes da Frelimo à oposição. O CIP considera que a liderança da Frelimo e que é também do Governo, tem tido um silêncio cúmplice que legitima a violência.
“Os dirigentes da Frelimo que são o Governo, têm tido silêncio cúmplice face à violência na campanha eleitoral e isso pode ser visto como aprovação dessas práticas. É hora da Frelimo se pronunciar condenado estas práticas com veemência”, escreve o CIP, exigindo justiça célere no caso.
“Com viatura usada para o ataque apreendida, com parte dos assassinos detidos, é agora muito mais fácil identificar os autores do crime macabro – os autores materiais e morais. Exige-se, portanto, uma justiça célere”, refere a organização da sociedade civil que tem em todo o país uma missão de observação eleitoral.
Pedradas contra a caravana da Renamo em Nacala Porto
Caravana da Renamo foi apedrejada por desconhecidos na tarde desta segunda-feira (07 de Outubro) no bairro Mocone, distrito de Nacala Porto, Nampula. Pelo menos, 12 simpatizantes da Renamo contraíram ferimentos, dos quais 11 ligeiros e um grave. A vítima em estado grave foi levada à Unidade Sanitária de Nacala (CETA) onde recebeu tratamento médico.
Mais de uma dezena de membros e simpatizantes da perdiz vindos do distrito de Ribaué faziam parte da caravana. O apedrejamento deu-se há de 2 quilómetros da Delegação Distrital da Renamo, reportam os nossos correspondentes.
As pedras vinham da residência de um membro da bancada da Frelimo da Assembleia Municipal, reportam nossos correspondentes.
Durante o apedrejamento, 6 agentes da PRM que escoltavam a caravana da Renamo viram-se obrigados a reforçar a equipa de modo a amainar os ânimos. Os agentes da polícia obrigaram jornalistas que se encontravam no local a apagar as imagens captadas no momento do incidente.